sexta-feira, 6 de julho de 2012

Beja...

Editorial

Touro

Paulo Barriga

A cidade de Beja luta contra uma inexplicável e cada vez mais acentuada falta de identidade. Falta de genuinidade. De amor-próprio. De autoestima. Ainda este mês, um inquérito da Deco Proteste avaliou as capitais de distrito do País. Um estudo focado no ponto de vista dos seus habitantes sobre um vasto conjunto de critérios como o emprego, a saúde, o ambiente, a cultura ou a mobilidade. Beja não aparece no topo de nenhum deles. Aliás, no conjunto, os bejenses acham a sua cidade péssima para viver. E essa situação não advém do concreto. Beja, é, de facto, uma cidade com bastante qualidade de vida. Tranquila. Pacata. Segura. As questões que desmotivam os seus cidadãos não se colocam do ponto de vista material. Mas antes do lado da emoção. Dos afetos. Da memória coletiva. Hoje, os bejenses rejeitam a sua cidade porque ela já nada lhes diz. Já não a conhecem. Não aconteceu a necessária transição cultural, identitária e sentimental entre gerações. Partiu-se o elo. E os despojos que hoje restam de Beja são meros e cada vez mais apagados relatos de um tempo ausente. Que não se revelam no presente. Nem deixam qualquer margem de manobra para o futuro. Beja já não existe. Porque os bejenses deixaram de querê-la. De a amar. De a descobrir. De a sentir. Excluindo, talvez, a Ovibeja, nenhum outro estímulo é capaz de agitar o âmago dos bejenses em função da sua terra. Beja necessita de tornar urgentemente aos seus símbolos maiores, à sua identidade, à sua história, aos seus poetas. O espírito de Mariana Alcoforado vagueia nas ruínas do Convento da Conceição. Os amores de Almutâmide estão devassados num monumento patético e abandonado. As águias reais já não circundam a torre do castelo. A praça da República é um reles parque de estacionamento. E era lá, no centro da praça, num irrepetível chão de calçada portuguesa, que estava desenhada a cabeça de um touro. O touro da lenda de Beja. O touro da nossa identidade, o nosso símbolo maior, como referiu José Rabaça Gaspar, esta semana, na apresentação do livro Lendas de Beja. O símbolo maior da própria Europa. Que agora está tão atingida na sua génese cultural, como Beja moribunda está.

sábado, 30 de junho de 2012

Fortificação de Elvas elevada a Património Mundial

 As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens  culturais, ao início da tarde de hoje na 36. sessão do Comité do Património  Mundial, que está reunido até 06 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.

O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado  de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas  terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área  de 300 hectares.

As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre  os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada  pela Unesco.

A fonte do município explicou à Lusa que foram classificadas todas  as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século  XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três  muralhas medievais e a mudalha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento  militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de  Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em  zonas fronteiriças.

O Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) já tinha  dado parecer "decisivo e favorável", tendo sido provado que as fortificações  da cidade alentejana "reúnem o valor universal excecional, que é o principal  para que uma candidatura seja aprovada", segundo a vereadora da Cultura  do município de Elvas, Elsa Grilo.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Até onde vai a rivalidade?

Até onde vai a rivalidade quando uma nação nos une? Muito bom este SPOT da Coca-Cola.
Força Portugal, até os comemos!

"Há razões para acreditar num mundo melhor".

domingo, 24 de junho de 2012

Fiel Arauto

A fé é a alma de um povo, e quando se fala do povo alentejano a fé assume um lugar de destaque por estas planícies douradas.
Assim se celebrou por esse Alentejo fora a solenidade de São João Baptista, depois de uma noite de grande festa em muitas localidades.

       "São João, Fiel Arauto. És de Jesus o percursor. Vens pregar a penitência e anunciar o Salvador"

Noite de São João

Porque a boa disposição é essencial para esquecer a crise, a junta de freguesia de Vila de Frades Organizou   as marchas populares da noite de são João, que contou com os grupos "A marcha de São Cucufate", "Papoilas do Pedrogão", "Animar VilAlva", "Marcha de Portel" e "Marcha do Fidalgo de Cuba". 
Mais de mil pessoas encheram por completo o Largo Dr. José Luís Conceição Silva ontem à noite para assistir às marchas populares de Vila de Frades, cumprindo assim um mês inteiro de atividades denominadas Vila de Frades em festa/500 anos do 2º Foral.
Aqui ficam algumas fotos.


                                                                     Marcha de Portel

                                                          Marcha do Fidalgo - Cuba


Marcha do Fidalgo - Cuba

Marcha de São Cucufate - Vila de Frades



Portugal nas Meias


Mais uma etapa passada. A selecção Portuguesa levou de vencida a Républica Checa com um golo do capitão Cristiano Ronaldo.
Depois de ultrapassados os checos, o "exército" nacional vai agora defrontar "nuestros hermanos" nas meias finais.
Será que, como em 2004, conseguiremos levar de vencida a selecção espanhola?

domingo, 17 de junho de 2012

Do inferno ao Céu numa semana

A selecção Portuguesa conquistou o apuramento para os quartos-de-final do EURO 2012 com uma vitória frente à poderosa selecção Holandesa.
A equipa das quinas exibiu-se ao seu melhor nível derrotando a laranja mecânica por 2-1.
Entrou a perder frente à Alemanha, mas seguiram-se duas grandes exibições da nossa Selecção.
Frente à Holanda, Cristiano Ronaldo esteve em destaque, respondendo de maneira positiva ás criticas que lhe foram apontadas, levando a equipa ás costas e do inferno ao céu no espaço de uma semana...
Até onde poderemos ir? Força Portugal!